sábado, 3 de março de 2012

Uma Árvore de Veneno

Zanguei-me com meu amigo:
A ira cessou, eu a digo.
Com o inimigo zanguei-me:
A ira cresceu, eu calei-me.

E a reguei de alma sombria
Com meu pranto noite e dia;
E a expus ao sol de gentis
Risos e falsos ardis

E cresceu noite e manhã,
Dando luzente maçâ;
Ao ver o brilho que tinha,
E sabendo que era minha,

Veio o inimigo ao pomar
Após a noite tombar.
Bem cedo o vi, com agrado,
Ao pé da árvore estirado.

Autor : Willian Blake

Nenhum comentário:

Postar um comentário