terça-feira, 3 de janeiro de 2012

NARIZ DE PALHAÇO



NARIZ DE PALHAÇO.

Neste mundo que vivemos
Aprendemos com os embaraços,
Quando na escola não tem vaga,
Apesar de nosso cansaço,
Saio na rua, com nariz de palhaço.

Quando o congresso vangloria
E o povo sofre mais um fracasso.
Cujo aumento do nosso salário,
É cada vez menor e mais escasso.
Mais uma vez saí com nariz de palhaço.

Quando no hospital com muitas dores,
O paciente sofrendo não acha espaço,
Mais uma vez eu simples povo.
Saio na rua com um nariz de palhaço.

Quando saio do banco com a mixaria,
E um marginal já contou o que faço,
O ladrão espera e não posso sair no braço.
Mais uma vez coloco o nariz de palhaço.

Quando na condução que pego,
Pago mais caro e não tenho um espaço.
Passam de carro os responsáveis como ricaço.
Mais uma vez coloco no rosto o nariz de palhaço.

De manhã quando vou comprar o pão.
A inflação aumentou mais um passo.
A farinha subiu nem o agricultor viu.
Mais um, a usar o nariz de palhaço.

Pra ver meu time jogar compro ingresso,
Pra tanto gasto dinheiro assim aos maços,
Depois fico preso no meio da multidão,
Na chuva ou no sol com nariz de palhaço.

E assim vou seguindo na vida.
Levando este País no braço.
Mas meu nome não é citado
Muito menos o que eu faço.
E no mundo coberto pela corrupção,
Vou usando pra viver, um nariz de palhaço.

Autor: José Augusto Silvério. ZITO.

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